REFLEXÃO - MISSÃO: UM CAMINHO PARA APRENDER A VIVER
31/10/2012 01:19
Recebemos da Ir. Terezinha Dalcegio, catequista franciscana missionária no Peru, esta linda mensagem sobre missão: uma missão vivida, sofrida e amada intensamente. Ela fez conosco o Curso Ad Gentes, de 12 de agosto a 6 de setembro. Essa mensagem tornou-se leitura de meditação para a turma do Cenfi 108 antes de ir para o estagio em casa de família, nesta sexta feira dia 26 de outubro: "missão é um caminho cheio de surpresas, porém é no caminho que se aprende a viver".
Missão é sempre uma busca, busca que se traduz em encontro!
Toda a nossa vida é um encontro!
Encontro com Deus, encontro com o outro, encontro com o desconhecido.
Por isso é preciso andar, sem parar nunca, pois o encontro se da no caminho.
Um caminho cheio de surpresas, porém é no caminho que se aprende a viver.
A missão é esperança e enquanto permanece como esperança
sempre permanecerá a coragem e o atrevimento de resistir e de prosseguir.
Deus acompanha nosso caminhar, sabe das nossas necessidades,
porque ele abandonou seu lugar,
assumiu e experimentou o lugar humilde entre as pessoas.
Portanto ser missionário (a) é quebrar nossos projetos pessoais para
assumir o projeto do Pai.
É entrar no coração de Deus e a partir deste coração colocar-se a caminho
para o encontro com o mais necessitado.
É fazer algo que nunca nos atrevemos a fazer. É sentir medo de um futuro incerto.
É encher-se de amor para que o temor e medo desapareçam.
Um coração cheio de amor não sente medo de despertar e partir.
É abrir portas, romper muros, atravessar fronteiras, pisar outro chão, outra terra.
É pensar novos projetos, novas alternativas.
É arriscar-se ao novo, ao perigo, a mudança, a perder o que sabemos
... ao medo de fracassar.
É aprender com o coração de Deus, terno e misericordioso.
É ter um amor infantil, que não exige nada em troca, um amor sem interesses.
É saber amar, viver e sofrer.
É vislumbrar dentro de nós as dores e sofrimentos das pessoas humildes.
É saber respeitar o mundo, a casa e o coração do outro.
É renovar todos os dias a alegria de viver na gratuidade.
É ser presença de ternura junto aos idosos, é acariciar seu rosto,
enxugar suas lagrimas, dar-lhe um sorriso, um olhar. Dar-lhe um abraço.
É apertar tantas mãos calejadas de agricultores que não se cansam de arar a terra,
semear, cuidar e colher o fruto do esforço e da alegria, do cansaço e calor.
É abraçar as crianças, carregá-las no colo, fazer o mesmo que Jesus fez, colocá-las no meio.
É assumir a missão de Deus e tornar concreto seu sonho, sonho da partilha e do amor.
Sonho da vida para todos(as). É preciso repartir os cinco pães e os dois peixes.
É seguir as pegadas de um Deus peregrino e itinerante,
um Deus que caminha em meio a multidão, que se deixa tocar por ela.
É silenciar para encontrar nos olhos e coração do fraco, simples e humilde,
um Deus feito carne,
um Deus escondido no rosto daquele que sente, sofre e chora a dor das injustiças.
É sofrer perseguições, calúnias ... porém continuar acreditando no sonho possível,
ser um sinal profético, ser aquele que anuncia e busca a verdade.
É um compromisso consciente pela vida.
Ser missionário supõe uma vida de sacrifícios, esforços, fadigas... supõe audácia.
O missionário é um audaz, é um otimista.
Reconhece os obstáculos as limitações, porém as supera, acreditando na conversão.
Sabe passar pelo caminho da cruz, se coloca de pé, e alcança a ressurreição.
Algumas vezes silencia para sentir Deus entrar em seu coração, pacificar seus sentimentos
... e voltar a percorrer o caminho.
O missionário continua sendo uma pessoa normal,
algumas vezes pisa a terra e outras as estrelas, a lua.
Às vezes chora e outras sorri. Às vezes canta e outras vezes silencia.
Algumas vezes pode sentir solidão e outras vezes impotência ...
mas segue o arco-íris da vida que o inspira a buscar e a concretizar
seus sonhos no sonho de Deus.
Desperta! Meu irmão! Minha irmã!
Converte teu coração e põe-te a caminho do Mestre.
La adiante alguém espera por ti.
Contigo quer lutar, celebrar e cantar um novo amanhecer.
Paz e Bem!
Ir. Terezinha Dalcegio
FONTE: https://www.ccm.org.br
———
Voltar